quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Terceiro Presidente

Vinicius Lena







Primeiro foi o amor urbano, geométrico, fotográfico, histórico, do Traçando Barreiras em parceria com o artista do traço Julio Cesar da Cruz. Depois surgem os poemas, pingados, como as chuvas esparsas do verão e divulgados pelas páginas  de seu Jornal Nova Fronteira e também na Internet  pelo Recanto das Letras. Agora aparecem  os contos, em que a nova realidade dessa fronteira oestina atropela, por vezes, as reminiscências da infância vivida no Rio Grande do Sul.
Vinicius Lena, gaúcho de Jaguari, assim que chegou à Bahia baiúcho pela miscigenação cultural, mas há muito tempo que já se tornou baiano. Pois até recebeu a comenda de  Cidadão Barreirense. Dizem  que nossa terra é onde enterramos nossos mortos; assim, Vinicius Lena já pranteia aqui, nos céus desta Nação Oestina, seu filho Victor Lena e sua esposa Sirley Vencato Lena.
Ao contrário da maioria absoluta dos seus conterrâneos que viera cultivar 0 chão para o plantio de soja, Vinicius veio cultivar mentes para plantar outro gênero de cultura, a cultura literária, a informação, o saber. Sintomático é que, rompendo a tradição dos pequenos jornais do interior, que têm a vida efêmera, o Nova Fronteira está festejando já seu Jubileu de Prata.
Mas Vinicius Lena, nas folgas do farejamento dos fatos  semanais,  sabe ler um pôr de sol em qualquer paisagem, seja cor de cobre ou pitanga madura; consegue olhar para cima e espiar a lua crescente, alumiando a saudade por entre  a fronde virente dos ipês amarelos do mês de setembro. E quando bate aquela lembrança que perpassa fatos recentes e vai fixar em acontecimentos de épocas remotas da infância vividas nos pagos do sul surge a inspiração para escrever o livro Pequenas Histórias.
E hoje, já completando as 84 primaveras Vinicius Lena continua em plena atividade junto a direção do jornal Nova Fronteira participando como  tesoureiro da Academia Barreirense de Letras.

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