terça-feira, 5 de agosto de 2014

Apresentação

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ARTE EM BARREIRAS

Música, teatro, pintura e literatura

Por Ignez Pitta de Almeida
A cidade começou seu desenvolvimento como núcleo urbano a partir de 1870, quando a produção e exportação da borracha de mangabeira gerou um acentuado ciclo imigratório, atraindo famílias pioneiras vindas da própria Bahia, Minas Gerais e de vários estados do Nordeste, principalmente do Ceará e até de alguns estrangeiros como as famílias Marmori e Pignata.

Como produto de exportação a borracha produzia muita riqueza que fez surgir uma sociedade que atraia também artistas, como músicos, escritores, atores e poetas. Na arquitetura tivemos grandes pedreiros-artesãoes que faziam as fachadas clássicas das casas com adornos de relevo e motivos decorativos renascentistas. Nesses mesmos casarões e sobrados destacavam-se os pintores entre os quais o principal foi Edeltrudes Andrade, que executavam belos desenhos e paisagens nas paredes.

A família Sampaio, oriunda do ceará, liderava a cultura barreirense no início do século XX, com o maestro, compositor e professor Antônio Sampaio e o poeta e escritor, seu irmão Alfredo Sampaio. Juntos compuseram belos hinos, como o de São João, além de canções diversas e encenavam peças teatrais.

No princípio com a notável colaboração do empresário Coronel Baylon Boaventura, que retirava o estoque de mercadorias de sua loja, à rua Barão de Cotgipe, cedendo o espaço, nos finais de semana, para as apresentações. Com a construção, pelo coronel Antônio Balbino de Carvalho, do cine teatro ideal, em 1919, o teatro local passou a ter seu espaço privilegiado, vivendo seu apogeu nas décadas de 1920/30. O primeiro livro de autoria de um barreirense foi “Os Humildes”, editado em salvador, em 1913.

Gráficas e Jornais


Em 1908 surgiu a imprensa com a Tipographia Lima, implantada pelo filho de Barra Orestes Ferreira Lima, que fundou o primeiro jornal: Correio de Barreiras. A partir daí, outras tipografia e jornais foram surgindo, destacando-se os jornais Cidade de Barreiras, editado pelo intelectual, também filho de Barra, Elisio Mourão. Outro semanário foi ‘O Rio Grande’, feito em tipografia própria, pertencente ao médico e um dos fundadores de Barreiras, dr Augusto Cesar Torres.

Os jornais prosseguiram sua missão e, em 1937, ‘O tempo’, editado por João Gualberto de Almeida, noticiava a vinda a Barreiras, em companhia de Geraldo Rocha, da comissão Pan Americana e Painair do Brasil, a fim de pedir ao prefeito Coronel Abilio Wolney, a doação de um terreno para construir o aeroporto de Barreiras.


Muitos barreirenses que moravam em grandes centros publicaram livros como Geraldo Rocha, Antônio Bakbino de Carvalho Filho, Hildon Rocha, Dilson Ribeiro, enquanto em Barreiras desenvolvia-se  uma atividade literária local.

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